Data de lançamento: 16/08/2013
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Thor Freudenthal
Roteiro: Marc Guggenheim
Elenco: Logan Lerman, Brandon T. Jackson, Alexandra Daddario, Douglas Smith, Mary Birdsong, Yvette Nicole Brown, Missi Pyle, Nathan Fillion, Anthony Head, Paloma Kwiatkowski, Leven Rambin, Stanley Tucci, Robert Maillet, Zoe Aggeliki
Gênero: Ação, Fantasia
Duração: 106 minutos
Origiem: EUA
Cena Pós-Crédito: Não

Sinopse: Para restaurar a proteção mágica de seu abrigo contra os monstros, o filho de Poseidon e seus amigos embarcam em um jornada ao Mar de Monstros para encontrar um artefato mágico mitológico, enquanto enfrentam vários perigos.

Percy Jackson e o Mar de Monstros.

Se a missão de Percy Jackson, no mundo imaginário inventado por seu criador é manter Cronos preso no Tártaro, na vida real (mais precisamente no mundo do cinema) a missão do destemido herói é ainda maior: Manter esta franquia de pé.

Até o momento nosso herói vem falhando tristemente.

Percy e seus amigos correndo atrás do tempo perdido. Em vão.

Este segundo filme, da franquia baseada nos livros de Rick Riordan, é tão irrelevante quanto o primeiro, lançado em 2010. Também pudera. Ambos são produções de Chris Columbus (que chegou a dirigir Percy Jackson e o Ladrão de Raios) em parceria com antigos (e novos) parceiros como, por exemplo, Michael BarnathanKaren Rosenfelt, responsáveis pelas franquias Harry Potter e Crepúsculo, respectivamente. Já tem um tempo que Columbus perdeu a mão e vem se envolvendo em produções mea boca como Eu Te Amo, Beth Cooper e Uma Noite no Museu 1 e 2, além de ser produtor executivo da cancelada franquia do Quarteto Fantástico.

Se Percy Jackson fosse bancado por gente como John Jashni (Se Beber Não Case, Círculo de Fogo e dos vindouros 300 : A Ascensão do Império, O Sétimo Filho, Godzilla, Warcraft, entre outros), que sabe como conduzir uma franquia de sucesso, talvez seu destino comercial fosse um pouco menos sombrio.

— Annabeth, que roteiro é esse?
— Cama Percy, Vai passar...
Trocar de diretor não adiantou. O novato Thor Freudenthal, que dirigiu o ótimo O Diário de um Banana, até tentou, mas tirar leite de pedra é muito difícil. Além de consertar os estragos que o primeiro filme fez com a trama de Rick Riordan, Freudenthal teve que lidar com o fato de que o próprio livro é muito ruim, especialmente no que diz respeito à originalidade. Tudo que nos é apresentado neste longa nos remete à algo que já vimos alguma vez, em algum outro filme.

Assim sendo, manter a fidelidade à obra (decisão tomada depois das reclamações dos fãs, que consideram o primeiro filme muito diferente do livro) era assumir a direção de um filme repleto de plágios, tendo em visto a fonte. E foi isso que aconteceu. Algumas cenas são tão descaradamente plagiadas (principalmente da série Harry Potter) que o expectador pode acabar se perguntando se ninguém notou tal disparate.

Meter zumbis no meio é covardia. Apelar não vale.
Do roteiro eu já não esperava muito. Marc Guggenheim é um dos responsáveis pelos piores roteiros apresentados pelo cinema e pela TV nos últimos tempos. Só pra se ter ideia, o cara escreveu os péssimos roteiros das séries No Ordinary Family, Arrow, além de ter escrito aquela bizarrice que é o filme  do Lanterna Verde. Marc voltou a errar e nos apresentou um roteiro cansado, sem boas falas, sem uma frase bem sacada. Enfim, sem o mínimo que se espera de um bom roteiro, ou pelo menos, de um roteiro escrito com alguma preocupação em se apresentar algo digno de respeito.

Que besta datada. Deus do céu!
Quanto ao elenco, este é a única coisa que se salva nesta homenagem ao mau gosto. O cast principal é legal. Logan Lerman, Alexandra Daddario e Brandon T. Jackson são bons atores, mas ainda tem muito que provar. Dos três acho que teremos, pelo menos, uma estrela no futuro e esta é sem dúvida Alexandra Daddario. Esta tem futuro. Além de linda é carismática e entende de marcação de cena. Notei neste filme que ela está sempre no lugar certo, tirando proveito de cada cena. Essa tem futuro.

Dos veteranos não senti falta de Pierce Brosnan que foi substituído por Anthony Head. Na boa, a impressão que tive era que o Brosnan havia caído de paraquedas na elenco do primeiro filme. O Quiron de Head está mais com cara de Quiron, apesar de o pessoal dos efeitos especiais ainda não ter acertado em conceber um centauro direito. Ainda está esquisito. Mas iremos falar deles mais tarde.

Stanley Tucci (esq.) arrasou.
Nathan Fillion, que interpreta Hermes, só tem um cena no filme, mas é o alívio cômico em meio ao caos. Legal mesmo está Stanley Tucci como Sr. D, personagem que ficou de fora do primeiro filme. Todas as vezes que ele aparece rouba a cena e a sessão teria sido um desperdício total de tempo, se não fosse por sua atuação.

Como dissemos acima, o pessoal dos efeitos especiais pisou na bola. Tudo no filme, em termos de computação gráfica, parece datado. Os camaradas não se esforçaram nem na apresentação do verdadeiro vilão da saga: Cronos. O que era aquilo. Mais parecia uma mistura do Genocyber com um dos personagens do Ben 10. Uma lástima.

Mas nada foi pior que aquela besta mitológica marinha que parecia mais uma descarga sanitária.

Finalizando a resenha (o que deveria ser finalizada é esta série) Percy Jackson e o Mar de Monstros é um filme que nos trailers vendeu a ideia de que redimiria O Ladrão de Raios e salvaria a franquia. Não foi desta vez.

     Avaliação: Ruim

Marlo George assistiu, escreveu e, jura que não assistirá, nunca mais, um filme que reúna o mesmo produtor de "Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado" e o roteirista de "Lanterna Verde". Só se for obrigado.

TRAILER